FORMAÇÃO DE ESTRELAS
A formação das estrelas não pode ser explicada sem referência ao surgimento do próprio Universo, que é atualmente explicado através da Teoria do Big Bang. Segundo esta, o Universo surgiu de um estado de temperatura e densidade muito elevado, entrando em expansão e, desde então, tem estado em arrefecimento.
Inicialmente, existiam apenas partículas elementares, como eletrões e quarks. Com a diminuição da temperatura, surgiram os protões e os neutrões, que permitiram a formação dos primeiros núcleos (hidrogénio, deutério, hélio e lítio). Este fenómeno designa-se, atualmente, por nucleossíntese primordial.
Com o passar do tempo, os núcleos formados através da nucleossíntese agruparam-se formando nuvens de gás que, tendo massa suficiente, se tornaram estrelas. Este processo primordial continua a verificar-se ainda hoje.
Essas nuvens de gás (nebulosas), contendo principalmente hidrogénio, ao sofrerem compressão por ação da gravidade – o que provoca o seu aquecimento – formam, primeiramente, proto-estrelas. Essa compressão surge de uma instabilidade gravitacional conhecida como Instabilidade de Jeans, que explica que a estrela se forma quando a nebulosa que a origina não tem suficiente pressão interna para contrariar a ação da força gravítica, levando a um colapso gravitacional. Para que se verifique estabilidade, a nebulosa tem de se encontrar num equilíbrio hidrostático. Esse equilíbrio é extremamente relevante no ciclo de vida estelar e, como tal, é também abordado na secção “Evolução Estelar”.

